sexta-feira, 24 de agosto de 2012

COMO SURGIRAM AS CICLOVIAS NA HOLANDA

Ótimo mini-documentário para mostrar o que pode ser a melhor solução de transporte nas grandes cidades brasileiras. Veja a enorme economia em infraestrutura, petróleo, em vidas perdidas e principalmente em gigantesco aumento de qualidade de vida! 

quinta-feira, 23 de agosto de 2012

MÚSICA DA SEMANA - A CIDADE (CHICO SCIENCE & NAÇÃO ZUMBI)




A CIDADE

O sol nasce e ilumina
As pedras evoluídas
Que cresceram com a força
De pedreiros suicidas
Cavaleiros circulam
Vigiando as pessoas
Não importa se são ruins
Nem importa se são boas
E a cidade se apresenta
Centro das ambições
Para mendigos ou ricos
E outras armações
Coletivos, automóveis,
Motos e metrôs
Trabalhadores, patrões,
Policiais, camelôs
A cidade não pára
A cidade só cresce
O de cima sobe
E o de baixo desce
A cidade não pára
A cidade só cresce
O de cima sobe
E o de baixo desce
A cidade se encontra
Prostituída
Por aqueles que a usaram
Em busca de uma saída
Ilusora de pessoas
De outros lugares,
A cidade e sua fama
Vai além dos mares
E no meio da esperteza
Internacional
A cidade até que não está tão mal
E a situação sempre mais ou menos
Sempre uns com mais e outros com menos
A cidade não pára
A cidade só cresce
O de cima sobe
E o de baixo desce
A cidade não pára
A cidade só cresce
O de cima sobe
E o de baixo desce
Eu vou fazer uma embolada,
Um samba, um maracatu
Tudo bem envenenado
Bom pra mim e bom pra tu
Pra gente sair da lama e enfrentar os urubus
Num dia de sol, recife acordou
Com a mesma fedentina do dia anterior.

terça-feira, 21 de agosto de 2012

HUMANIZAR AS CIDADES PARA TORNÁ-LAS MAIS ATRAENTES E SAUDÁVEIS



SP+C | Humanizar as cidades para torná-las mais atraentes e saudáveis | SP+C | Scoop.it
Depois de levar suas grandes ideias para cidades como Nova Iorque, Sidney e Londres, o arquiteto e urbanista dinamarquês Jan Gehl, referência mundial em planejamento urbano para as pessoas e espaços públicos, esteve em São Paulo onde realizou a conferência ‘Cidade para Pessoas’. O encontro foi uma oportunidade de compartilhar as iniciativas internacionais bem-sucedidas de intervenção urbana, e aprender a como humanizá-las garantindo aos cidadãos um espaço de convivência seguro, saudável e sustentável.

Desde que se formou, há mais de 50 anos, Gehl tem estudado a arquitetura pela interação das formas com a vida humana. De lá para cá, importantes transformações aconteceram na vida das pessoas, como o crescimento das cidades e, principalmente, com o forte desenvolvimento da indústria automobilística e a invasão de carros. “Começamos a perder em qualidade de vida nas cidades a partir de 1955, quando o mobiliário urbano convivia em harmonia com as demais coisas. Daí em diante, centenas de praças e bulevares deram lugar a ruas e avenidas criadas para dar vazão ao tráfego de veículos. Ao longo do tempo, fomos esquecendo como é bom viver em uma cidade sem o trânsito dos carros”, aponta o urbanista.

O início dos erros de planejamentos urbanos data de 1960, quando, em escala mundial, as cidades incharam em enormes proporções, colocando de lado as pessoas, que foram esquecidas nesse processo. Para Gehl, a arquitetura das últimas décadas não favorece a fruição humana pelo espaço que as cerca. “Os projetos são sempre utopias que apresentam perspectivas viáveis para as pessoas. Na prática, entretanto, essas construções em nada lhes servem. E é por isso que as sociedades têm procurado locais mais humanos e acolhedores para viver.”

“Algumas cidades do mundo já adotam o ‘people scale’, ou seja, a configuração de espaços públicos em tamanho e proporção adequada para as pessoas. O ambiente físico influencia positivamente na convivência entre os cidadãos na medida em que os locais se mostrem atraentes e ofereçam opções de lazer e cultura, além de ambientes mais limpos e com menos poluição sonora, visual e atmosférica”, comenta o urbanista. “Em Copenhague, as ruas são feitas para as bicicletas e para os pedestres. Detemos o recorde mundial de utilização de ‘magrelas’: 37% da população da cidade utiliza o transporte”, em detrimento ao transporte público (33%) e ao carro (27%).

Perguntado se tivera a oportunidade de conhecer São Paulo, o urbanista lamentou estar a pouco tempo na quinta maior cidade do mundo, mas reconhece os problemas do modelo brasileiro, de verticalização como solução para a densidade demográfica. “Temos em São Paulo milhares de edifícios que não possuem relação alguma com as áreas adjacentes, criando ‘ilhas’ independentes que desfiguram a malha urbana. Essas torres são soluções preguiçosas dos arquitetos. O que acontece é que o homem tem que se adaptar a essas estruturas, quando, na verdade, deveria acontecer o contrário. Precisamos reconquistar o direito das pessoas à cidade. E a gestão política deve trabalhar em conjunto com a sociedade civil para valorizá-la.”

Um exemplo significativo desse tipo de mudança promovido pelo poder público aconteceu com a Times Square, uma junção da Broadway com a Sétima Avenida, em Nova Iorque. Apesar de ser o símbolo da cidade, o local se encontrava descuidado e violento, as ruas eram incrivelmente cheias e com pouco espaço para pedestre. Em 2009, o prefeito Michael Bloomberg fechou totalmente o trecho da Broadway, e os carros perderam três pistas, que foram convertidas em ciclovias e calçadões.

“A maior preocupação com o fechamento do tráfego era piorar o trânsito, mas ocorreu o oposto: com o anúncio da restrição do tráfego, e o investimento em novas formas de circulação como a bicicleta, a circulação de veículos melhorou. As atividades econômicas do local também não foram prejudicadas. Tudo faz parte de um processo gradual. Uma cidade se torna muito mais atraente com mais pessoas circulando e interagindo pelos espaços públicos. Em São Paulo você não conseguirá eliminar o Minhocão de uma vez, mas aos poucos, oferecendo alternativas”, garante Jan Gehl, que, lembrando da música New York, New York, fez uma menção especial de incentivo para a capital paulista: “When you make it there, you can make it anywhere, São Paulo.”

Por Ricardo Rossetto
Foto: Paulo Gervino 

Texto publicado no site www.scoop.it.

quinta-feira, 16 de agosto de 2012

PROJETO EUROGARDEN MARINGÁ

          É até difícil conceber a ideia de ter um projeto desta magnitude implantado em nossa cidade. Maringá sempre impôs a seus cidadãos um modelo standartizado e arcaico de moradia e construção. Dominada por um mercado imobiliário que encontrou um fórmula de equilíbrio custo x benefício, vemos ser propagados dia após dia o mesmo modelo habitacional obsoleto. Seja nos loteamentos, nas casas e apartamentos cada vez menores (e mais caros!!) responsável por inflar uma bolha que eleva os valores do m² a patamares espetaculares.
          Ao me deparar com o projeto do Eurogarden levei um susto e cheguei a perguntar se era mesmo um projeto para a cidade de Maringá, ou se não seria para São Paulo, Rio de Janeiro, Curitiba? Ou ainda Nova York, Londres, Dubai? Não, não MARINGÁ!
          Bom, fico realmente feliz com a qualidade do projeto. Acredito que com a vinda de um empreendimento deste porte para nossa cidade muita coisa tende a evoluir no campo da arquitetura e construção a médio e longo prazo.
          Porém não podemos ser ingênuos e tapar os olhos para a realidade que permeia a ideologia do empreendimento. O Eurogarden é fruto de investimento da iniciativa privada. Diferente do projeto ÀGORA desenvolvido por Niemeyer para o Novo Centro de Maringá, que foi deixado de lado justamente por não atender aos interesses do mercado imobiliário da região. Embora o Eurogarden englobe em seu projeto áreas do nosso centro cívico, vemos claramente mais uma vez o poder público se curvando aos interesse da iniciativa privada. Assim como fizeram com a grande maioria dos nossos edifícios de valor histórico, que hoje se encontram demolidos e tendo suas áreas de alto valor imobiliário cedidas para a inciativa privada construir prédios de interesse econômico.
          A meu ver, a monumentalidade do projeto Eurogarden Maringá é uma tentativa clara de tirar o foco do real interesse envolvido no empreendimento que é a especulação imobiliária, responsável pelo aumento desenfreado do valor dos imóveis na nossa cidade. E pior do que isso é ver os interesses públicos serem engolidos pelos privados e ver nossa cidade nas mãos de meia dúzia de pessoas.
          E depois do empreendimento Eurogarden estar concluído assistiremos à demolição dos antigos prédios desocupados (prefeitura e demais órgão públicos) em benefício desta mesma meia dúzia de gatos pingados.



MÚSICA DA SEMANA - SAMPA

Linda homenagem de Caetano Veloso à cidade de São Paulo....





Sampa

Alguma coisa acontece no meu coração
Que só quando cruza a Ipiranga e Av. São João
É que quando eu cheguei por aqui eu nada entendi
Da dura poesia concreta de tuas esquinas
Da deselegância discreta de tuas meninas
Ainda não havia para mim Rita Lee
A tua mais completa tradução
Alguma coisa acontece no meu coração
Que só quando cruza a Ipiranga e avenida São João

Quando eu te encarei frente a frente e não vi o meu rosto
Chamei de mau gosto o que vi, de mau gosto, mau gosto
É que Narciso acha feio o que não é espelho
E à mente apavora o que ainda não é mesmo velho
Nada do que não era antes quando não somos mutantes
E foste um difícil começo
Afasto o que não conheço
E quem vem de outro sonho feliz de cidade
Aprende depressa a chamar-te de realidade
Porque és o avesso do avesso do avesso do avesso

Do povo oprimido nas filas, nas vilas, favelas
Da força da grana que ergue e destrói coisas belas
Da feia fumaça que sobe, apagando as estrelas
Eu vejo surgir teus poetas de campos, espaços
Tuas oficinas de florestas, teus deuses da chuva
Pan-Américas de Áfricas utópicas, túmulo do samba
Mas possível novo quilombo de Zumbi
E os Novos Baianos passeiam na tua garoa
E novos baianos te podem curtir numa boa


quinta-feira, 9 de agosto de 2012

FEIRA DE DESIGN DE MILÃO

O que está acontecendo de novo no mundo do design!

 
GNT - Design Milão Episódio 01 from nalaje filmes on Vimeo.

quarta-feira, 8 de agosto de 2012

A CASA DO ROSEMBAUM

Quem aí não tem curiosidade de saber como é a casa do Rosembaum, o arquiteto criativo que dá forma aos projetos do Lar Doce Lar (Caldeirão do Hulk)?
As fotos são do site THE SELBY - IS IN YOUR PLACE, que retrata personalidades em seus habitats....
O criativo, responsável por espalhar aos 4 ventos os conceitos de brasilidade tanto na arquitetura como no design, caprichou no tema dentro de sua própria casa!! Ele até lançou um livro recentemente contando a história desta reforma.
Para quem quiser saber mais é só acessar o link do site do arquiteto:
http://www.rosenbaum.com.br/portfolio/casa-do-marcelo-e-da-cris/